Uma criptomoeda (ou moeda virtual) é um meio de troca que se utiliza da tecnologia de blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.[1] O Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada, foi criado em 2009 pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto.[2] Desde então, inúmeras criptomoedas têm sido criadas com base no protocolo do Ethereum, principalmente após a onda massiva de Ofertas Iniciais de Moedas (usualmente referida como ICO, do inglês Initial Coin Offering) que ocorreu em 2017.[3]
Ao contrário de sistemas bancários centralizados, grande parte das criptomoedas usam um sistema controle descentralizado[4] com base na tecnologia de blockchain, que é um tipo de livro-registro distribuído operado em uma rede ponto-a-ponto (peer-to-peer) de milhares computadores, onde todos possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações, impedindo que uma entidade central promova alterações no registro ou no software unilateralmente sem ser excluída da rede.
Uma criptomoeda descentralizada é produzida por todo o sistema de criptomoeda, coletivamente, a uma razão definida quando o sistema é criado e disponível publicamente. Em sistemas bancários ou econômicos centralizados como o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos, conselhos administrativos ou governos controlam o suprimento de moeda através da impressão de moeda fiduciária. Entretanto, corporações ou governos não podem produzir unidades de criptomoedas e assim, não forneceram até então suporte para outras entidades, bancos ou corporações que guardam ativos medidos através de uma criptomoeda descentralizada. Os recursos técnicos sobre os quais moedas descentralizadas são baseadas foram criados pelo grupo (ou indivíduo) conhecido como Satoshi Nakamoto.[6][7][8]
Centenas de especificações de criptomoedas existem, a grande maioria sendo similar e derivada da primeira moeda descentralizada implementada, o bitcoin.[9][10] A segurança, integridade e balanço dos registros de um sistema de criptomoeda são mantidos por uma comunidade de mineradores: membros do público em geral usando seus computadores para ajudar a validar e temporizar transações, adicionando-as ao registro (block chain) de acordo com um esquema definido de temporização.[11]
A segurança dos registros de uma criptomoeda baseiam-se na suposição de que a maioria dos mineradores estão mantendo o arquivo de modo honesto, tendo um incentivo financeiro para isso.
A maior parte das criptomoedas são planejadas para diminuir a produção de novas moedas, definindo assim um número máximo de moedas que entrarão em circulação. Isso imita a escassez (e valor) de metais preciosos e evita a hiperinflação.[1][12] Comparadas com moedas comuns mantidas por instituições financeiras ou em forma de dinheiro em mãos, criptomoedas são menos suscetíveis à apreensão devido a ações judiciais.[1][13] As criptomoedas existentes são todas pseudo-anônimas, embora adições tais como o Zerocoin e seu recurso de lavagem distribuída[14] tenham sido sugeridas, o que permitiria o anonimato autêntico
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